Teoria da Diversão...É coisa de louco?





Hum....Uma provocação: Nada mais simples e criativo do que apostar todas as fichas na brincadeira. Sob o efeito da Teoria da Diversão, pensei..Alguém se habilita a criar algo que possa deixar a cidade mais limpa? Limparam os outdoors, mas esqueceram de limpar o chão. E de instalar cinzeiros nas ruas, como há nas esquinas para fumantes em Tokyo.

Falando em lixo, o designer Nick De Marcocriou a XS Chair, uma embalagem de vinil reciclado transparente que pode ser recheada com qualquer material. Ele encheu primeiramente com garrafas de plástico e papelão, propondo uma forma divertida de criticar o lado ruim do consumo desenfreado de bens descartáveis. Ironicamente, o projeto foi patrocinado pelo Walmart, ícone da descartabilidade.

Preocupada com o futuro da comida, sua produção e conservação, a Philips lançou um concurso para investigar os novos e possíveis caminhos. Brilha o projeto “Biosphere Home Farm”, um móvel cheio de estilo, que funciona como uma estufa em diferentes níveis pensados para diferentes ecossistemas, capaz de cultivar vegetais e até criar peixes. Útil e lúdico....Algo mais simples....Poderemos pensar na aula...Na escola...Um período feliz?

Bons professores na sala de aula


Com o quadro mapeado, o estudo optou também por propor alternativas para reverter a situação. A FVC e a FCC convidaram 17 especialistas de diversas áreas da Educação para um debate em novembro do ano passado. O resultado foi um rico conjunto de ideias para selecionar bons professores e manter os melhores na sala de aula. O consenso é de que deve-se atacar o problema por diversas frentes, oferecendo salários iniciais mais altos (os atuais ainda se encontram em patamares inferiores aos de outras profissões que exigem curso superior), propondo bons planos de carreira (substituindo uma progressão que hoje é baseada quase exclusivamente no tempo de serviço), melhorando a formação inicial (muitos docentes largam a carreira por estar despreparados para ensinar), resgatar o valor do professor na sociedade (por exemplo, noticiando mais as boas experiências em sala) e tratá-lo como profissional (a matéria-prima de seu trabalho é o conhecimento didático e não algum tipo de dom, como pensam muitos jovens).

Implementar a maioria dessas proposições está sob a responsabilidade da União, dos estados e dos municípios. Mas existe outro conjunto de medidas que diz respeito diretamente ao cotidiano na sala de aula. É o caso, por exemplo, do planejamento da formação continuada. Entender o que os professores de cada escola precisam aprender - não apenas para fazer os alunos avançar, mas também para que permaneçam satisfeitos e atuando com qualidade - é algo que deve estar no radar dos gestores escolares. Quase sempre, a melhor alternativa é realizar esse trabalho dentro da própria escola. "Um coordenador pedagógico que discute com os docentes suas necessidades específicas dá mais segurança à equipe. Os cursos externos em universidades e instituições de treinamento nem sempre são suficientes para atacar os problemas localizados", explica Bernadete. O papel do diretor, por sua vez, aparece com força quando se trata de melhorar as condições de trabalho tanto em relação à estrutura material da escola quanto à convivência no ambiente escolar - combatendo, por exemplo, a violência, um dos fatores que mais afugentam docentes em atividade e potenciais candidatos. Nesse ponto, a integração com a comunidade é essencial para que o papel social da escola e seu espaço sejam respeitados.

O investimento na gestão para a convivência pode ajudar - e muito - para que se crie outro fator de atração para a docência. É o que os especialistas chamam de "oferecer uma boa experiência escolar". A ideia é simples: se durante a vida acadêmica o estudante realmente aprendeu e desenvolveu uma boa relação com professores e colegas, tenderá a pensar mais na possibilidade de escolher a docência quando chegar a hora do vestibular. "Atualmente, isso é importante sobretudo na rede pública, pois é de lá que vem a maioria dos professores. É lá que mais precisamos de bons exemplos", afirma Marli Eliza de André, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Trilhando esse caminho, você pode ajudar a atrair os bons candidatos de que o país tanto precisa para melhorar a Educação.