2009, Um Novo Tempo - 9 anos de século XXI (Minha autoria/madrugada de 23/12/08) Inspiração nos gestores de escolas públicas estaduais de B. Roxo)



2009, Um Novo Tempo


9 anos de século XXI










Parafraseando Ivan Lins...No novo tempo, apesar dos castigos...2009 anuncia a promessa de uma liderança ainda mais democrática, mais forte, mais instrumentalizada tecnicamente...
  • Progestão, PDE-Escola, seminários, reuniões, encontros...

Líder é aquele que transforma a escola comum em uma escola extraordinária. É aquele que mexe com a cultura, é arquiteto social da escola, cria e mantêm valores. A única medida de desempenho e talento do líder é o resultado que ele alcança.

Em que medida foi o resultado da sua liderança neste ano?

Estamos crescidos, estamos atentos, estamos mais vivos

Pra nos socorrer, pra nos socorrer, pra nos socorrer

Neste novo cenário mundial é crucial a capacidade - técnica e instrumental - de pesquisar, selecionar, analisar, sintetizar, discernir, aprender e manipular informações para a qualidade social da escola, bem como com a preocupação com o tratamento dispensado às pessoas e sua preparação para o melhor desempenho.

Em que medida sua atuação foi técnica neste ano?
Como você mede seu desempenho?

No novo tempo, apesar dos perigos
Da força mais bruta, da noite que assusta, estamos na luta

A força mais bruta?
O AMOR pelo que escolheu fazer... Desenvolver pessoas, provocar e realizar sonhos sonhados.



Pra sobreviver, pra sobreviver, pra sobreviver
Pra que nossa esperança seja mais que a vingança
Seja sempre um caminho que se deixa de herança


A sobrevivência da escola, do professor e do aluno... Quando elegemos o pronome NÓS e conhecemos/respeitamos a diversidade.



No novo tempo, apesar dos castigos
De toda fadiga, de toda injustiça, estamos na briga
Pra nos socorrer, pra nos socorrer, pra nos socorrer
No novo tempo, apesar dos perigos
De todos os pecados, de todos enganos, estamos marcados
Pra sobreviver, pra sobreviver, pra sobreviver
No novo tempo, apesar dos castigos
Estamos em cena, estamos nas ruas, quebrando as algemas
Pra nos socorrer, pra nos socorrer, pra nos socorrer
No novo tempo, apesar dos perigos



Em 2009... a gente se encontra cantando na praça, fazendo pirraça...continuamos com a nossa tarefa...ensinar para transformar vidas, causar boa impressão naqueles com quem convivemos, mas provocando um impacto...levando-os a uma transformação de vida...SIMPLESMENTE COMEÇANDO/CONTINUANDO UM NOVO TEMPO.

A Visão Planetária de Barack Obama

A Visão Planetária de Barack Obama
O Presidente Eleito dos Estados Unidos que resgata idéias da Filosofia Teosófica Clássica
CarlosCardoso Aveline
Finalmente um presidente humanista e que seu avô era um curador

"O verdadeiro teosofista não pertence a nenhum culto ou seita, e no entanto pertence a todos eles". Robert Crosbie

"Em nossa casa, a Bíblia, o Alcorão e o BhagavadGita ficavam na prateleira juntamente com os livros da mitologia grega, norueguesa e africana. NaPáscoa ou no Natal [minha mãe] me arrastava para a igreja,assim como para templos budistas, para acelebração do Ano Novo chinês,para santuáriosxintoístas ou para antigos locais de rituaishavaianos."
Barack Obama
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A teosofia é uma filosofia planetária e a sua meta primeira é despertar a compreensão e a vivência da fraternidade universal. Assim como o movimento teosófico, ela é independente de rótulos, nomes pessoais, ideologias ou organizações. O que define o verdadeiro campo de ação da teosofia clássica e do seu estudante são fatores muito reais mas intangíveis como a compreensão das leis da natureza, a consciência ética e uma solidariedade para com todos os seres.

Ter acesso à sabedoria divina é um assunto de almas e não de corporações ou instituições. William Judge, um dos principais fundadores do movimento esotérico moderno, escreveu:

"Como o Movimento Teosófico é contínuo, ele pode ser encontrado em todos os tempos e todas as nações. Onde quer que o pensamento venha lutando para ser livre, onde quer que as idéias espirituais tenham sido promulgadas em oposição às formas e ao dogmatismo, lá o grande movimento pode ser percebido." [1]

Deste ponto de vista, um cidadão de boa vontade e visão ampla pode ser considerado um verdadeiro teosofista, ainda que não seja membro de qualquer agrupação teosófica. Não importa se ele é cristão, judeu,budista, muçulmano ou seguidor de uma ou de outra filosofia. Na medida em que ele compreende a universalidade da ética planetária,sua vida ajuda a abrir espaço para a percepção da fraternidade universal, e ele é um verdadeiro teosofista, no plano da alma.

Este talvez seja o caso do senador Barack Obama, eleito presidente dosEstados Unidos em novembro de 2008 e que agora se prepara para assumir a liderança do país mais influente do nosso processo civilizatorio. Examinando fatos da vida de Obama e fragmentos dos livros que escreveu, poderemos avaliar o tamanho da afinidade entre ele e a ética e a sabedoria universais.

Derrubar os Muros Entre Povos, Raças e Religiões.

Em julho de 2008, Barack Obama falou em Berlim, Alemanha, para uma multidão calculada pelas autoridades policiais em duzentas mil pessoas. Ele abriu o evento sem precedentes esclarecendo que estava ali na condição de "cidadão do mundo" – uma expressão que contém em si mesma a idéia da cidadania planetária e de um mundo sem fronteiras. Ali estava um cidadão em campanha eleitoral nos Estados Unidos,falando em manifestação de rua em país europeu. Em seguida, Obama formulou a sua proposta de cooperação entre todos os povos. Referindo-se indiretamente à derrubada democrática do Muro de Berlim,em 1989, ele disse:

"A solidariedade e a cooperação entre as nações não é uma escolha. É o único caminho, o único caminho, para proteger a nossa segurança comum e fazer avançar a nossa humanidade comum. É por isso que o maior de todos os perigos seria permitir que novos muros nos dividam um dos outros. Os muros entre os velhos aliados dos dois lados do Atlântico não podem ficar de pé. Os muros entre os países que têm muito e ospaíses que têm muito pouco não podem ficar de pé. Os muros entre raças e tribos; nativos e imigrantes; cristãos e muçulmanos e judeus,não podem ficar em pé. Estes são, agora, os muros que nós devemos derrubar. Nós sabemos que eles caíram antes. Depois de séculos de conflito, os povos da Europa formaram uma união promissora e próspera."

E prosseguiu:

"Aqui, na base de uma coluna construída para marcar a vitória na guerra, nós nos encontramos no centro de uma Europa em paz. Muros caíram não só em Berlim, mas eles vieram abaixo em Belfast, onde os protestantes e os católicos descobriram uma maneira de viver lado alado; nos Balcãs, onde a nossa aliança Atlântica terminou as guerras e apresentou criminosos de guerra à justiça; e na África do Sul, onde a luta de um povo corajoso derrotou o apartheid. Assim, a história nos faz lembrar do fato de que os muros podem ser derrubados. Mas a tarefa nunca é fácil. A verdadeira cooperação e o verdadeiro progresso requerem um trabalho constante e um sacrifício contínuo. Eles exigem que se compartilhe as responsabilidades do desenvolvimento e da diplomacia; do progresso e da paz. Eles requerem aliados que escutam uns aos outros, que aprendem uns dos outros, e, sobretudo, que confiam uns nos outros." [2]

Libertar o Mundo Das Armas Nucleares.

Barack Obama acrescentou:

"Este é o momento em que devemos renovar a meta de um mundo sem armas nucleares. As duas superpotências que olhavam uma para a outra através do muro desta cidade estiveram demasiado perto, por um tempo demasiado longo, de destruir tudo o que nós construímos e tudo o que amamos. Com o final daquele muro, nós não necessitamos ficar parados sem fazer nada, olhando para a proliferação da energia atômica mortal.(...) Este é o momento de começar a trabalhar em busca da paz de um mundo livre de armas nucleares."

Depois ele falou vigorosamente da necessidade de paz no Oriente Médio, e abordou a questão da ecologia planetária. Obama disse:

"Este é o momento em que devemos unir-nos para salvar este planeta.Devemos tomar a decisão de que não deixaremos para nossos filhos um mundo em que os oceanos se elevam, e a fome se espalha, e tempestades terríveis devastam as nossas terras. Devemos decidir que todas as nações – inclusive a minha própria – agirão com a mesma seriedade de propósito que a sua nação [a Alemanha], e reduzirão o carbono que colocam na atmosfera. [3] Este é o momento em que devemos devolver às nossas crianças o futuro que pertence a elas. Este é o momento para agirmos em unidade." [4]

A Intenção de Refazer o Mundo.

Obama parece saber o que deve fazer. E não pode ser acusado de possuir metas demasiado pequenas. Filho de um queniano, e nascido no Havaí, ele concluiu o seu principal discurso fora dos Estados Unidos com estas palavras:

"Povo de Berlim – povo do mundo – este é o nosso momento. Esta é a nossa vez. Eu sei que meu país não tem se aperfeiçoado. (...) Nós temos a nossa quota de erros. (...) Mas também sei que (...) durante mais de duzentos anos, nós temos nos esforçado (...) com outras nações, [por] um mundo com mais esperança. Nosso compromisso nunca foi com qualquer tribo ou reino especificamente – na verdade, todas as línguas são faladas em nosso país; todas as culturas deixaram sua marca na nossa cultura; e cada ponto de vista é expressado em nossas praças públicas. O que sempre nos uniu – o que sempre mobilizou o meu povo – o que atraiu o meu pai para o território norte-americano, é um conjunto de ideais que correspondem a aspirações compartilhadas por todos os povos: a crença de que podemos viver livres do medo e de necessidades materiais graves; de que podemos dizer o que pensamos, e reunir-nos com quem quisermos, e seguir a religião que acharmos melhor. (...) Povo de Berlim – e povo do mundo – a escala do nosso desafio é grande. O caminho à frente será longo. Mas venho dizer avocês que somos herdeiros de uma luta por liberdade. Que somos um povo de esperanças improváveis. Com o olhar voltado para o futuro, com decisão em nossos corações, que possamos lembrar desta história,fazer frente ao nosso destino e refazer o mundo mais uma vez."

Muito antes do discurso de Berlim, Obama já tinha esta clareza de metas.

Em fevereiro de 2007, ao fazer o discurso de lançamento da sua candidatura, ele assumira um compromisso com a mudança ética e ecológica em escala planetária:

"Sejamos a geração que finalmente liberta a América do Norte da tirania do petróleo. Podemos usar combustíveis alternativos,produzidos localmente, como o etanol, e aumentar a produção de carros com mais eficiência energética. Podemos estabelecer um sistema de fixação de gases que produzem o efeito estufa. Podemos transformar esta crise de aquecimento global em uma oportunidade para inovar, e para criar empregos, e para incentivar empreendimentos que servirão de modelo para o mundo. Sejamos a geração que faz com que as futuras gerações tenham orgulho do que nós fizemos aqui." [5]

Sem receio de assumir metas visionárias – e olhando muito além das eleições norte-americanas –, ele disse naquela ocasião inaugural:

"E se vocês se somam a mim nesta luta improvável, se vocês sentem o chamado do destino, e vêem, como eu vejo, que o momento de acordar ede abandonar o medo é agora, assim como o momento de pagar a dívida que temos diante das gerações passadas e futuras, então estou pronto aassumir esta causa e marchar com vocês, e trabalhar com vocês.Juntos, a partir de hoje, que completemos o trabalho que necessita ser feito, de trazer para esta Terra um novo nascimento da liberdade." [6]

A Regra de Ouro.

A proposta de Obama para os Estados Unidos e o mundo é acusada por seus adversários de ser vaga e ambígua. Ele chegou a ser qualificado como "pouco norte-americano". A verdade é que ele tem uma visão mais complexa e mais profunda do que meras bandeiras eleitorais ou nacionalistas. A base do seu discurso é simultaneamente inter-religiosa, ética e filosófica. Está na famosa Regra de Ouro, um velho princípio da filosofia clássica grega e da antiga sabedoria oriental, que foi ensinado por Confúcio nos "Analectos" e adotado mais tarde pelo cristianismo.
Este princípio ético milenar poderia serchamado, corretamente, de "lei do bom carma".

Obama esclarece:

"No final das contas, o que se necessita é nada mais, nada menos, que aquilo que todas as grandes religiões do mundo exigem – que façamos aos outros aquilo que queremos que eles façam a nós. Devemos proteger o nosso irmão, como a escritura diz. Devemos proteger a nossa irmã.Devemos encontrar aquele interesse comum que todos temos uns nos outros, e fazer com que a nossa política reflita este espírito." [7]

O Espírito de Aloha.

O que será que existe de autenticamente teosófico na vida real de Barack Obama, e que possa explicar o seu constante discurso de adesão e de compromisso com a Ética Universal presente em todas as religiões?
Qual é a sua formação, do ponto de vista da visão universalista da vida? Em que atmosfera Obama foi criado?

Ele nasceu em agosto de 1961 no Havaí. Não por casualidade a sua vida e suas idéias parecem expressar, até certo ponto, o espírito de"Aloha".

A palavra "Aloha" é um verdadeiro mantra sagrado na cultura havaiana, famosa mundialmente por sua abertura mental e fraternidade em relação a todos os povos. É uma saudação e um conceito universalista. O termo é considerado equivalente à palavra sânscrita"Namastê" ("a divindade em mim saúda a divindade em você"); mas também significa "Shalom", "Paz", assim como "Compaixão" e "Amizade".

O chamado "espírito de Aloha" implica um estado mental de paz consigo mesmo e com todos os seres. A filosofia, o discurso e a prática de Barack Obama parecem expressar alguma coisa deste mantra e desta cultura presentes em sua juventude.

Os avós maternos de Barack, que tiveram um papel central na educaçãodo garoto, não só viviam no Havaí com o neto mas foram influenciados em determinado momento pela Igreja Unitária Universalista. Esta era uma igreja que buscava a confraternização das religiões e que mantinha laços estreitos com a Sociedade hinduísta Brahmo Samaj. Apensadora russa Helena Blavatsky escreveu extensamente sobre omovimento Brahmo Samaj, elogiando seu fundador e criticando os erros cometidos por seus líderes posteriores. [8]
Barack Obama escreveu,sobre seu avô materno:

"Ele gostava da idéia de que os Unitários estudavam as escrituras de todas as grandes religiões".

Para o avô, segundo Barack, era "como ter cinco religiões em uma". [9]

Um Avô Que Era Curandeiro Africano.

Quanto ao avô paterno de Barack Obama, Hussein Onyango Obama, ele foi um curandeiro africano do Quênia, um muçulmano com poderes de cura e imerso nas tradições da cultura local. [10]

O pai de Barack Obama, africano e negro, também se chamava Barack.Este foi seu mestre e seu herói. Barack, o pai, deixou na vida de Barack, o filho, uma presença transcendente e uma influência mítica. No mundo infantil de Barack, o mundo intangível em que seu pai existia se misturava de algum modo com as origens do cosmo.

Cabe lembrar que a origem e o destino do universo é um tema teosóficopor excelência.

Na sabedoria esotérica oriental, o assunto se relaciona com o caminho das grandes iniciações.
Ao longo da sua obra "A Doutrina Secreta", H.P. Blavatsky faz um estudo comparado das principais narrativas da origem do universo e do homem, mostrando os pontos em comum que há entre os relatos dos caldeus, da Bíblia, do Popol Vuhcentro-americano, dos Puranas hindus, da Cabala judaica e de muitos outros povos.
Barack Obama enfrentou este tema cósmico em suainfância, junto ao tema do pai-mito.

Em um dos seus livros, ele confessa, não sem humor:
"... O caminho da vida do meu pai ocupava o mesmo terreno que um livro que minha mãe comprou uma vez para mim, um livro chamado "Origens", uma coleção de histórias da Criação de todas as partes do mundo, histórias de Gênese e da árvore na qual havia nascido o homem, Prometeu e o presente do fogo, a tartaruga da lenda hindu que flutuava no espaço, sustentando o peso do mundo sobre as suas costas. Mais tarde, quando fiquei mais acostumado ao caminho estreito para a felicidade a ser encontrado na televisão e nos filmes, eu ficava perplexo com várias questões.
Em que se apoiava a tartaruga? Por que motivo um Deus onipotente permitiu que uma serpente causasse tamanho sofrimento? Por que meu pai não voltava?
Mas com cinco ou seis anos de idade eu estava satisfeito com deixar estes mistérios distantes intactos...". [11]

Mãe Universalista e Anti-Dogmática.

Foi a mãe de Obama, branca e norte-americana, que lhe transmitiu na vida diária a visão inter-religiosa e universalista, assim como o hábito diário do auto-treinamento e da auto-disciplina. Ela mantinha uma distância crítica das religiões dogmáticas, assim como faz a teosofia clássica e original, enquanto a pseudo-teosofia, lamentavelmente, cria versões próprias da religiosidade exotérica, com seus dogmas e sacerdotes. Barack escreve que seus avós passaram à sua mãe uma combinação de racionalismo com jovialidade, e acrescenta: "As próprias experiências de minha mãe como criança sensível e amiga dos livros, que crescia nas pequenas cidades do Kansas, Oklahoma e Texas, apenas reforçaram o ceticismo que herdara. As lembranças dos cristãos que povoavam sua juventude não eram das mais agradáveis. Ela ocasionalmente se recordava dos pregadores que baniam três quartos da população mundial por considerá-los pagãos ignorantes condenados a passar a vida eterna em maldição – e que insistiam que a terra e o céu foram criados em sete dias , com todas as provas geológicas e astrofísicas dizendo o contrário. Lembrava-se das mulheres respeitáveis da igreja, sempre tão rápidas em evitar as pessoas que não correspondessem aos seus padrões de decência, apesar de elas próprias ocultarem segredinhos sujos; dos pastores que proferiam epítetos raciais e ludibriavam os trabalhadores para tirar deles todo o dinheiro que conseguissem."

Tal mediocridade "religiosa" não ocorria por acaso. Há um contexto maior em torno deste tipo de estreiteza de horizontes, que não é um fenômeno local, mas constitui na verdade um problema de escala global, combatido de frente pelos estudantes da teosofia original.

A verdadeira religiosidade não pode ser transformada em prisioneira de uma instituição ou ritual, nem pode distanciar-se por um momento da filosofia ou da ciência. Ela deve, isto sim, avançar inter-disciplinarmente, unida ao livre-pensamento.

Na famosa Carta 88 de "Cartas dos Mahatmas" (Ed. Teosófica, Brasília,dois volumes) , um mestre dos Himalaias – um raja-iogue – afirma que dois terços do sofrimento humano são causados pela falsidade e pelas ilusões provocadas pelas religiões dogmáticas e sacerdotais.

Barack Obama prossegue: "Para minha mãe, a religião organizada muito frequentemente esconde sua mentalidade limitada sob o manto da piedade; e a crueldade e a opressão, sob o da honestidade. Mas isso não quer dizer que ela não me transmitiu valores religiosos. Para minha mãe, o conhecimento de pontos importantes das grandes religiões do mundo era uma parte necessária de uma educação impecável. Em nossa casa, a Bíblia, o Alcorão e o Bhagavad Gita ficavam na prateleira juntamente com os livros da mitologia grega, norueguesa e africana.Na Páscoa ou no Natal [minha mãe] me arrastava para a igreja, assim como para templos budistas, para a celebração do Ano Novo chinês, para santuários xintoístas ou para antigos locais de rituais hawaianos. Mas fui educado para entender que isso não exigia nenhum compromisso de longo prazo da minha parte, nenhum esforço introspectivo maior ou autoflagelação.
Para minha mãe, a religião era uma expressão da cultura humana; ela não explicava a origem da humanidade, era apenas uma das muitas formas – e não necessariamente a melhor maneira – de o homem tentar controlar o desconhecido e entender as mais profundas verdades sobre nossa vida. Em suma, minha mãe via a religião pelos olhos da antropóloga que ela viria a ser; era um fenômeno a ser tratado com respeito, mas também com desapego. (.....) E, apesar do seu secularismo, minha mãe era de muitas formas a pessoa mais espiritualizada que conheci.
Tinha um instinto inabalável para abondade, a caridade e o amor, e passou grande parte da sua vida agindode acordo com estes instintos, às vezes em detrimento de si mesma. Sem a ajuda de textos religiosos ou autoridades externas, trabalhou muito para transmitir a mim os valores que muitos norte-americanos aprendem na escola dominical: honestidade, empatia, disciplina, capacidade de postergar a gratificação pessoal e trabalho duro. Enfurecia-se com a pobreza e a injustiça, e desprezava aqueles que eram indiferentes aambas." [12]

Uma Visão Racional e Universalista.

Barack construiu sua vida sobre este alicerce filosófico e emocional,intelectualmente profundo mas também inseparável de atitudes práticase concretas. Em suas obras, o leitor encontra passagens em que ele faz, de várias formas, uma declaração de princípios. Não é difícil perceber que o raciocínio de Barack está baseado em uma visão ampla e universal que pode ser qualificada de claramente teosófica no sentido clássico da palavra. Ele afirma: "... Dada a diversidade crescente da população norte-americana, os perigos do sectarismo nunca foram maiores. O que quer que já tenhamos sido, não somos mais apenas uma nação cristã; somos também uma nação judaica, muçulmana, budista, e uma nação de descrentes."

E prossegue:
"Mas presumamos que só tivéssemos cristãos dentro dos limites das nossas fronteiras. Que cristianismo ensinaríamos nas escolas? (....) Que passagens do Evangelho deveriam guiar nossa política pública? Deveríamos seguir o Levítico, que sugere que não há nada de errado com a escravidão e que comer moluscos é uma abominação? E quanto ao Deuteronômio, que sugere apedrejar seu filho caso ele se desvie da fé? Ou deveríamos nos limitar apenas ao Sermão da Montanha– uma passagem tão radical que é duvidoso que nosso Departamento de Defesa sobrevivesse à sua aplicação? "Definitivamente, a crença cega na letra morta deve ser abandonada. Os princípios essenciais devem ser percebidos, e eles estão além das formas visíveis.
Obama conclui propondo a opção pelo bom senso:
"O que nossa democracia deliberativa e pluralista exige é que pessoas motivadas religiosamente traduzam suas preocupações para valores universais, não determinados pela religião. Isto exige que suas propostas estejam sujeitas a discussõese abertas à razão." [13]

NOTAS:
[1] "Theosophical Articles", William Q. Judge, The TheosophyCo., Los Angeles, 1980, edição em dois volumes, ver vol. II, p. 124.
[2] "Change We Can Believe In - Barack Obama's Plan to Renew America'sPromise", livro com o programa de governo e sete discursos de Obama,publicado por Three Rivers Press, New York, 2008, 274 pp., ver pp.265-266.
[3] A Alemanha é um dos países do mundo em que há mais consciênciaambiental. A própria Chanceler atual, Angela Merkel, têm uma longatrajetória pessoal de compromisso com a preservação do meio ambiente.
[4] "Change We Can Believe In", obra citada, p. 267 a 269. [5]"Change We Can Believe In", obra citada, pp. 198-199. [6] "Change WeCan Believe In", obra citada, pp. 201-202.[7] "Change We Can BelieveIn", obra citada, p. 228. [8] Veja, por exemplo, "The CollectedWritings", Helena Blavatsky, TPH, Índia, volume III, pp. 55-61 e pp.286-287. E também "The Collected Writings", volume IV, pp. 439-443,entre outros textos. [9] "Dreams From My Father", Barack Obama,Three Rivers Press, 1995 e 2004, New York, 458 pp., ver p. 17. [10]"Dreams From My Father", Barack Obama, obra citada, ver p. 09.[11]"Dreams From My Father", obra citada, p. 10. [12] "A Audácia daEsperança", Barack Obama, Larousse do Brasil, SP, 2007, 400 pp., verpp. 221, 222 e 223. Nesta citação, segui a edição original em línguainglesa nos casos em que a versão brasileira está inexata. Ver "TheAudacity of Hope", Three Rivers Press, 376 pp., 2006, pp. 203-204.13] As citações feitas nestes últimos parágrafos vêm de "A Audácia daEsperança", obra citada, pp. 236-

Discurso de Barack Obama


Senador Barack Obama, 47, eleito presidente dos EUA em 04/11/2008.

"Oi, Chicago.Se alguém ainda duvida que a América é um lugar onde tudo é possível, ainda pergunta se o sonho dos pioneiros ainda estão vivos em nossos tempos, ainda questiona o poder da nossa democracia, esta noite é sua resposta .É a resposta das filas que cercaram escolas e igrejas em números que essa nação nunca havia visto. Das pessoas que esperaram três horas e quatro horas, muitas pela primeira vez em suas vidas, porque acreditavam que desta vez precisava ser diferente, que as suas vozes podiam fazer diferença.Gary Hershorn/ReutersObama, as filhas e a mulher, Michelle, durante festa da vitóriaÉ a resposta de jovens e idosos, ricos e pobres, democratas e republicanos, negros, brancos, hispânicos, asiáticos, índios, gays, heterossexuais, deficientes e não-deficientes. Americanos que enviaram uma mensagem ao mundo de que nós nunca fomos somente uma coleção de indivíduos ou uma coleção de Estados vermelhos e azuis.Nos somos, e sempre seremos, os Estados Unidos da América.É a resposta que recebeu aqueles que ouviram --por tanto tempo e de tantos-- para serem cínicos, medrosos e hesitantes sobre o que poderiam realizar para que coloquem a mão no arco da história e torçam-no uma vez mais, na esperança de dias melhores.Faz muito tempo, porém, nesta noite, por causa do que fizemos nesse dia de eleição, nesse momento decisivo, a mudança chegou à América.Um pouco mais cedo nesta noite, recebi um telefonema extraordinariamente gracioso do senador McCain. Ele lutou muito e por muito tempo nesta campanha. Ele lutou ainda mais e por ainda mais tempo por esse país que ele ama. Ele enfrentou sacrifícios pela América que a maioria de nós nem pode começar a imaginar. Nós estamos melhores graças ao serviços desse líder bravo e altruísta.Eu o parabenizo e parabenizo a governadora Palin por tudo que eles conquistaram. Eu estou ansioso por trabalhar com eles e renovar a promessa dessa nação nos próximos meses.Eu quero agradecer meu parceiro nessa jornada, um homem que fez campanha com o coração e que falou para os homens e mulheres com os quais cresceu, nas ruas de Scranton, e com os quais andou de trem a caminho de Delaware, o vice-presidente eleito dos EUA, Joe Biden.E eu não estaria aqui nesta noite sem a compreensão e o incansável apoio da minha melhor amiga dos últimos 16 anos, a rocha da nossa família, o amor da minha vida, a próxima primeira-dama dessa nação, Michelle Obama. Sasha e Malia [filhas de Obama] eu as amo mais do que vocês podem imaginar. E vocês mereceram o cachorrinho que irá morar conosco na nova Casa Branca.E, embora ela não esteja mais entre nós, eu sei que minha avó está assistindo, ao lado da família que construiu quem eu sou. Eu sinto falta deles nesta noite. Eu sei que minha dívida com eles está além de qualquer medida.Para minha irmã Maya, minha irmã Alma, todos os meus irmãos e irmãs, muito obrigado por todo o apoio que me deram. Sou grato a eles.E agradeço ao meu coordenador de campanha, David Plouffe, o herói anônimo da campanha, que construiu o que há de melhor --a melhor campanha política, penso, da história dos EUA.Ao meu estrategista-chefe David Axelrod, que tem sido um companheiro em todos os passos do caminho. À melhor equipe de campanha reunida na história da política --você fizeram isso acontecer, e eu serei sempre grato pelo que vocês sacrificaram para conseguir.Mas, acima de tudo, eu nunca esquecerei a quem essa vitória realmente pertence. Isso pertence a vocês. Isso pertence a vocês.Eu nunca fui o candidato favorito na disputa por esse cargo. Nós não começamos com muito dinheiro ou muitos endossos. Nossa campanha não nasceu nos corredores de Washington. Nasceu nos jardins de Des Moines, nas salas de Concord e nos portões de Charleston. Foi construída por homens e mulheres trabalhadores que cavaram as pequenas poupanças que tinham para dar US$ 5, US$ 10 e US$ 20 para essa causa.Ela [a campanha] cresceu com a força dos jovens que rejeitaram o mito de apatia da sua geração e deixaram suas casas e suas famílias por empregos que ofereciam baixo salário e menos sono.Ela tirou suas forças de pessoas não tão jovens assim que bravamente enfrentaram frio e calor para bater às portas de estranhos e dos milhões de americanos que se voluntariaram e se organizaram e provaram que, mais de dois séculos mais tarde, um governo do povo, pelo povo e para o povo não desapareceu da Terra.Essa é a nossa vitória.E eu sei que vocês não fizeram isso só para ganhar uma eleição. E eu sei que vocês não fizeram tudo isso por mim.Vocês fizeram isso porque entendem a grandiosidade da tarefa que temos pela frente. Podemos comemorar nesta noite, mas entendemos que os desafios que virão amanhã serão os maiores de nossos tempos --duas guerras, um planeta em perigo, a pior crise financeira do século.Enquanto estamos aqui nesta noite, nós sabemos que há corajosos americanos acordando nos desertos do Iraque e nas montanhas do Afeganistão para arriscar suas vidas por nós. Há mães e pais que ficam acordados depois de os filhos terem dormido se perguntando como irão pagar suas hipotecas ou o médico ou poupar o suficiente para pagar a universidade de seus filhos. Há novas energias para explorar, novos empregos para criar, novas escolas para construir, ameaças para enfrentar e alianças para reparar.O caminho será longo. Nossa subida será íngreme. Nós talvez não cheguemos lá em um ano ou mesmo em um mandato. Mas, América, nunca estive mais esperançoso do que chegaremos lá. Eu prometo a vocês que nós, como pessoas, chegaremos lá.Haverá atrasos e falsos inícios. Muitos não irão concordar com todas as decisões ou políticas que eu vou adotar como presidente. E nós sabemos que o governo não pode resolver todos os problemas. Mas eu sempre serei honesto com vocês sobre os desafios que enfrentar. Eu vou ouvir vocês, especialmente quando discordarmos. E, acima de tudo, eu vou pedir que vocês participem do trabalho de refazer esta nação, do jeito que tem sido feito na América há 221 anos --bloco por bloco, tijolo por tijolo, mão calejada por mão calejada.O que começamos 21 meses atrás no inverno não pode terminar nesta noite de outono. Esta vitória, isolada, não é a mudança que buscamos. Ela é a única chance para fazermos essa diferença. E isso não vai acontecer se voltarmos ao modo como as coisas eram. Isso não pode ocorrer com vocês, sem um novo espírito de serviço, um novo espírito de sacrifício.Então exijamos um novo espírito de patriotismo, de responsabilidade, com o qual cada um de nós irá levantar e trabalhar ainda mais e cuidar não apenas de nós mesmos mas também uns dos outros. Lembremos que, se essa crise financeira nos ensinou uma coisa, foi que não podemos ter uma próspera Wall Street enquanto a Main Street sofre.Nesse país, nós ascendemos ou caímos como uma nação, como um povo. Resistamos à tentação de voltar ao bipartidarismo, à mesquinhez e à imaturidade que envenenou nossa política por tanto tempo.Lembremos que foi um homem deste Estado que primeiro carregou a bandeira do Partido Republicano à Casa Branca, um partido fundado sobre valores de autoconfiança, liberdade individual e unidade nacional.Esses são valores que todos compartilhamos. E enquanto o Partido Democrata obteve uma grande vitória nesta noite, isso ocorre com uma medida de humildade e de determinação para curar as fissuras que têm impedido nosso progresso.Como [o ex-presidente Abraham] Lincoln [1861-1865] afirmou para uma nação muito mais dividida que a nossa, nós não somos inimigos, e sim amigos. A paixão pode ter se acirrado, mas não pode quebrar nossos laços de afeição. E àqueles americanos cujo apoio eu ainda terei que merecer, eu talvez não tenha ganho seu voto hoje, mas eu ouço suas vozes. E eu preciso de sua ajuda. Eu serei seu presidente também.E a todos aqueles que nos assistem nesta noite, além das nossas fronteiras, de Parlamentos e palácios, àqueles que se reúnem ao redor de rádios, nas esquinas esquecidas do mundo, as nossas histórias são únicas, mas o nosso destino é partilhado, e uma nova aurora na liderança americana irá surgir.Àqueles que destruiriam o nosso mundo: nós os derrotaremos. Àqueles que buscam paz e segurança: nós os apoiamos. E a todos que questionaram se o farol da América ainda ilumina tanto quanto antes: nesta noite nós provamos uma vez mais que a verdadeira força da nossa nação vem não da bravura das nossas armas ou o tamanho da nossa riqueza mas do poder duradouro de nossos ideais: democracia, liberdade, oportunidade e inabalável esperança.Esse é o verdadeiro talento da América: a América pode mudar. Nossa união pode ser melhorada. O que já alcançamos nos dá esperança em relação ao que podemos e ao que devemos alcançar amanhã.Essa eleição teve muitos "primeiros" e muitas histórias que serão contadas por gerações. Mas há uma que está em minha mente nesta noite, sobre uma mulher que votou em Atlanta. Ela seria como muitos dos outros milhões que ficaram em fila para ter a voz ouvida nessa eleição não fosse por uma coisa: Ann Nixon Cooper tem 106 anos.Ela nasceu apenas uma geração após a escravidão; uma época na qual não havia carros nas vias nem aviões nos céus; quando uma pessoa como ela não podia votar por dois motivos --porque era mulher ou por causa da cor da sua pele. Nesta noite penso em tudo que ela viu neste seu século na América --as dores e as esperanças, o esforço e o progresso, a época em que diziam que não podíamos, e as pessoas que continuaram com o credo: Sim, nós podemos.Em um tempo no qual vozes de mulheres eram silenciadas e suas esperanças descartadas, ela viveu para vê-las se levantar e ir às urnas. Sim, nós podemos.Quando havia desespero nas tigelas empoeiradas e a depressão em toda parte, ela viu uma nação conquistar seu New Deal, novos empregos, um novo senso de comunidade. Sim, nós podemos.Quando bombas caíam em nossos portos e a tirania ameaçava o mundo, ela estava lá para testemunhar uma geração chegar à grandeza, e a democracia foi salva. Sim, nós podemos.Ela estava lá para ver os ônibus em Montgomery, as mangueiras em Birmingham, a ponte em Selma e um pregador de Atlanta que disse "Nós Devemos Superar". Sim, nós podemos.Um homem chegou à Lua, um muro caiu em Berlim, um mundo foi conectado por nossa ciência e imaginação. Neste ano, nesta eleição, ela tocou o dedo em uma tela e registrou o seu voto porque, após 106 anos na América, através dos melhores e dos mais escuros dos tempos, ela sabe que a América pode mudar. Sim, nós podemos.América, nós chegamos tão longe. Nós vimos tanto. Mas há tantas coisas mais para serem feitas. Então, nesta noite, devemos nos perguntar: se nossas crianças viverem até o próximo século, se minhas filhas tiverem sorte suficiente para viver tanto quanto Ann Nixon Cooper, quais mudanças elas irão ver? Quanto progresso teremos feito?É nossa chance de responder a esse chamado. É o nosso momento.Esse é nosso momento de devolver as pessoas ao trabalho e abrir portas de oportunidade para nossas crianças; de restaurar a prosperidade e promover a paz; de retomar o sonho americano e reafirmar a verdade fundamental de que, entre tantos, nós somos um; que, enquanto respirarmos, nós temos esperança. E onde estamos vai de encontro ao cinismo, às dúvidas e àqueles que dizem que não podemos. Nós responderemos com o brado atemporal que resume o espírito de um povo: Sim, nós podemos.Obrigado. Deus os abençoe. E Deus abençoe os Estados Unidos da América.

“O inssinu no Brasiu è otimo”,


Vamos falar sem rodeios. Em boa parte dos lares brasileiros, uma conversa em família flui com muito mais vigor e participação quando se decide a assinatura de novos canais a cabo, o destino das próximas férias ou a hora de trocar de carro do que quando se discute sobre o que exatamente o Júnior está aprendendo na escola. Quando e se esse assunto é levantado, ele se resumirá às notas obtidas e a algum evento extraordinário de mau comportamento, como ter sido pego fumando no corredor ou ter beliscado o traseiro da professora de geografia. O quadro acima é um tanto anedótico, mas tem muito de verdadeiro. De modo geral, com as nobilíssimas exceções que todos conhecemos, os pais brasileiros de todas as classes não se envolvem como deveriam na vida escolar dos filhos. Os mais pobres dão graças aos céus pelo fato de a escola fornecer merenda, segurança e livros didáticos gratuitos. Os pais de classe média se animam com as quadras esportivas, a limpeza e a manifesta tolerância dos filhos quanto às exigências acadêmicas muitas vezes calibradas justamente para não forçar o ritmo dos menos capazes. Uma pesquisa encomendada por VEJA à CNT/Sensus traduz essa situação em números. Para 89% dos pais com filhos em escolas particulares, o dinheiro é bem gasto e tem bom retorno. No outro campo, 90% dos professores se consideram bem preparados para a tarefa de ensinar. Como mostra a Carta ao Leitor desta edição, sob sua plácida superfície essa satisfação esconde o abismo da dura realidade – o ensino no Brasil é péssimo, está formando alunos despreparados para o mundo atual, competitivo, mutante e globalizado. Em comparações internacionais, os melhores alunos brasileiros ficam nas últimas colocações – abaixo da qüinquagésima posição em competições com apenas 57 países.


Clique aqui e leia na íntegra.





E você? Qual é a sua opinião ?

DIÁRIO DE BORDO - PDE-ESCOLA


Todo projeto deveria ter seu diário de bordo,porém é um hábito pouco comum fazê-lo, seja por ser complicado escrever"projetando", seja por que na maioria das vezes a gente tem pouco tempo a bordodeste mesmo projeto. Entretanto, vamos tentar aqui ir registrando os momentosmais importantes de nossa convivência com TODOS OS TRIPULANTES(SEEDUC/RJ,FESP/COMITÊ ESTADUAL/COMITÊ REGIONAL, COORDENADORIA REGIONAL,UNIDADES ESCOLAR E SEUS GESTORES/GRUPOS DE
SISTEMATIZAÇÃO,PROFESSORES, ALUNOS E FUNCIONÁRIOS).

O que é o DIÁRIO DE BORDO: PDE-Escola?

Como o próprio nome diz, este é um Diário que será preenchido ao longo de todo o trabalho, trazendo as anotações, rascunhos, e qualquer idéia que possa ter surgido no decorrer do desenvolvimento do projeto.

MUNDO SUSTENTÁVEL: Saiba mais sobre ANDRÉ TRIGUEIRO

André Trigueiro é jornalista com Pós-graduação em Gestão Ambiental pela COPPE/UFRJ, Professor e criador do curso de Jornalismo Ambiental da PUC/RJ, autor do livro Mundo Sustentável - "Abrindo Espaço na Mídia para um Planeta em transformação" (Editora Globo, 2005), Coordenador Editorial e um dos autores do livro "Meio Ambiente no século XXI", (Editora Sextante, 2003).

Saiba mais...clique aqui!

FORMAÇÃO DE ORIENTADORES DE GESTÃO DO PROGRAMA ESTADUAL DE GESTÃO ESCOLAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - Turma:C/Sala:607 - Professora Graça Santos






PDE - Escola = Pedido de Desculpas Emocionado

Após sete incansáveis e prazerosos dias da FORMAÇÃO PARA ORIENTADORES DE GESTÃO DO PROGRAMA DE GESTÃO ESCOLAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, na volta para casa, por volta das 20h, a Professora Silvana de repente exclamou: Eu adoro estudar! Como é que tem gente que não gosta?!!!!

Sugeri que ela escrevesse a emoção que estava sentindo, e curiosamente dentro do carro, em meio à Avenida Brasil percebi que no escuro ela se comunicava com o papel e caneta...Chegando à casa ao acessar meus e-mails, o presente que compartilho com todos aqueles que tem a ousadia de escrever seus sentimentos!



É assim que eu me sinto...

Me chamo Silvana , digo, Professora Silvana. Depois de muitos anos de sala de aula, hoje me vejo fazendo parte do quadro de funcionários de uma Coordenadoria do Estado, onde auxilio um setor chamado Gerência de Ensino, acompanhada de uma equipe que além de profissionais são seres humanos inesquecíveis, que por onde quer que eu vá os levarei para sempre na memória e no coração.
Sempre fui uma pessoa que ama e sabe da importância de se estudar e saber se informar. Apesar das várias tarefas que realizo, também sou mãe, e dá trabalho!!! Estou tendo neste momento a oportunidade de estar freqüentando uma sala de aula novamente; mas pasmem, é uma sala de aula diferente, que embora tenha os componentes necessários ,e cá pra nós essenciais (professor e aluno) , trabalha um conteúdo diferente. É verdade que fazemos alguns cálculos (viva o professor de matemática) , estudamos leis, coletamos dados ...enfim ! O que importa é que estamos estudando para ajudar o OUTRO. E que outro é este? Um profissional igual a mim, um amigo.
PDE-Escola – Programa que poderia ser definido em sua sigla como Pedido de Desculpas Emocionado. Desculpas a escola , aos alunos, aos funcionários, a população, por termos deixado de enxergá-los por tantas décadas como eles mereciam serem vistos.
Quero deixar registrado a minha emoção de retornar a esta sala de aula neste momento de grande expectativa e amor. É amor. Por que sem amor e liderança o objeto de estudo se perde. E que objeto é este ? A escola . Que está , como diria uma amiga minha, no FOCO; o palco é dela; e nós temos que nos colocar no lugar de apoio, cuidar do figurino, da iluminação, da conservação, da bilheteria, do texto interpretado pelos grandes atores sociais, do bem estar dos mesmos, para que assim com esse cuidar, esse olhar , todos os dias possamos garantir lotação esgotada. O que mais dizer, só tenho que agradecer.

Professora, com muito orgulho, Silvana.

PDE-ESCOLA = PLANO DE DESENVOLVIMENTO DE PESSOAS

Um empreendedor nato sente uma oportunidade e já coloca a cabeça para funcionar, calculando e medindo as opções para determinar a validade ou não do novo empreendimento. Ou seja, ele sabe perceber o cenário, sabe arriscar, mas também sabe calcular os riscos do novo empreendimento. Um detalhe importante é que não “se mete” em ambientes que não conhece sem antes estar cercado de todas as informações e de pessoas que poderão ajudá-lo, assessorá-lo.

Para sabermos quem é um empreendedor, devemos analisar os comportamentos empreendedores. São diversos os autores, mas resumo, da apostila de Marketing Pessoal – Características de Comportamento Empreendedor (CEE) –, que foi elaborada pelo professor José Elmar Feger, da Universidade do Oeste de Santa Catarina (UNOESC). As CEE 1 foram identificadas através de pesquisa realizada por David McClelland, pesquisador de Harvard (EUA).

Essa pesquisa determinou que através das CEE podemos identificar se uma pessoa age como empreendedora e quais as características de comportamento são mais utilizadas. Com isso é possível treinar a prática das CEE que não são utilizadas. Entendo aqui que é possível – também – formar um empreendedor e melhorar as qualidades daqueles considerados natos. Diz a pesquisa que é impossível que um empreendedor tenha todas as características ou apresente todas ao mesmo tempo, pois isso depende do tipo de atividade que desenvolve e do ambiente (cenário) em que atua.

Ficou curioso?
Deseja saber Características do Comportamento do Empreendedor (CEE)? Clique aqui e faça seu diágnóstico!

PAULO BLIKSTEIN: Muita gente no Brasil quer mudar a EDUCAÇÃO com base em achismos

"Leiturizando" a revista Veja (25 de junho de 2008) deparei com o Auto-retrato do engenheiro PAULO BLIKSTEIN, que aos 35 anos acaba de conquistar algo inédito para um brasileiro: ser o primeiro colocado de sua área em cinco dos mais cobiçados concursos para PROFESSOR DO MUNDO, entre eles os das universidades de Harvard, Stanford e Berkeley. Formado pela Universidade de São Paulo, é especialista em TECNOLOGIA APLICADA À EDUCAÇÃO.

Compartilho com você algumas pesquisas que fiz, pois me encantei com as reflexões deste ser humano ousado e repleto de OPORTUNIDADES. É só clicar e navegar!

Novas tecnologias podem limitar e escravizar o homem
Entrevista – Paulo Blikstein

Gilberto Dimenstein: A ponte de invenções de Paulo Blikstein

Seus filhos não aprendem nada no computador?

COMO FAZER APRESENTAÇÕES - Paulo Blikstein

Multiplique estas informaçãoes...Leve para o Conselho de Classe/sala de aula/murais, etc. Amplie-as!

Vi, ouvi, gostei e compartilho com todos que acreditam que TODO BRASILEIRO TEM DIREITO A APRENDER.


Participei desta reunião e me senti enriquecida com o nível de informações, com o nível dos convidados e dos participantes. Me senti muito empoderada, e em agradecimento ao convite da SEEDUC/RJ publico a programação com links pesquisados que poderão agregar valor ao conhecimento de quem ACREDITA NO INÉDITO VIÁVEL.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE AVALIAÇÃO EDUCACIONAL
IV Reunião Anual da ABAVE - "Todo brasileiro tem direito a aprender".
18/06 à 20 /06/2008

PROGRAMAÇÃO
18 de Junho de 2008, Quarta -Feira

Minicursos
13h30 às 17h - Sala Itaipu A
Tema: Indicadores e metas das escolas
José Franscisco Soares - UFMG
13h30 às 17h - Sala Itaipu B
Tema: A avaliação da alfabetização
Hilda Micarello e Josiane Toledo - CAEd /UFJF
13h30 às 17h - Sala Mar Azul
Tema: Os fundamentos do IDEB
Ruben Klein - Fundação Cesgranrio
13h30 às 17h - Sala Guaratiba
Tema: As Escalas de Proficiência do SAEB
Nilma Santos Fontanive - Fundação Cesgranrio
13h30 às 17h - Sala São Conrado
Tema:Introdução à Teoria da Resposta ao Item
Girlene Ribeiro de Jesus - UnB
13h30 às 17h - Sala Pontal
Tema: A pesquisa da escola eficaz
Nigel Brooke - UFMG

Abertura
20h - Sala Itaipu
Abertura Oficial da IV Reunião da ABAVE "Todo o brasileiro tem direito a aprender"
Governador de Estado do Rio de Janeiro/Secretária de Educação
Exmo. Sr. Sérgio Cabral Filho /Tereza Porto

21h Coquetel de abertura

19 de Junho de 2008, Quinta- feira

8h às 9h30 - Sala Itaipu
Conferência: A Prova Brasil e o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica - IDEB
Prof. Reynaldo Fernandes - INEP/MEC

10h às 12h - Sala Itaipu A
Tema: O Direito de aprender
Maria Helena Castro - SEE/SP
Maria José Feres - Projovem
Mariza Abreu - SEE/ RS
Coordenador: José Francisco Soares - UFMG

10h às 12h - Sala Itaipu B
Tema: A avaliação de políticas e da gestão da Educação Pública
Fernando Reimers - Harvard
Jeff Puryear - PREAL/Chile
Ky Adderley - KIPP AMP Academy /NY (Conheça o educador ucraniano Anton MAKARENKO)
Coordenador: Manuel Palácios - CAEd/ UFJF

14h às 16h - Sala Itaipu B
Tema: Sistemas Nacionais de Avaliação: os resultados e a relação com as escolas
Amaury Gremaud - INEP/MEC
Jacqueline Levasseur - França
Coordenador: Nigel Brooke - UFMG

14h às 16h - Salão Itaipu A
Tema: A avaliação da alfabetização
Alicia Bonamino - PUC/RJ
Delaine Cafieiro Bicalho - CEALE/UFMG
Gladys Rocha - CEALE/UFMG
Nilma Santos Fontanive - Fundação Cesgranrio
Coordenadora: Hilda Micarello - CAEd/UFJF

14h às 16h - Sala Guaratiba
Tema: A utilização do modelo de Rasch na Provinha Brasil
Dalton Francisco de Andrade - UFSC
Ruben Klein - Fundação Cesgranrio
Tufi Machado Soares - CAEd/UFJF
Coordenador: Joaquim José Soares Netto - UnB

16h30 às 18h30 - Sala Itaipu A
Tema: Sistemas de Avaliação da Educação Básica: a utilização dos resultados
Maria Isolda C. de Arruda Coelho - SEE/CE
Tereza Cristina Porto Xavier - SEE/RJ
Vanessa Guimarães Pinto - SEE/MG
Coordenador: Cláudio Mendonça - FESP/RJ

16h30 às 18h30 - Sala Itaipu B
Tema: O direito à educação: o itinerário brasileiro
Bernardete Angelina Gatti - FCC / SP
Murílio de Avellar Hingel - UFJF
Romualdo Portela de Oliveira - USP
Coordenador: Mozart Neves Ramos - UFPE

16h30 às 18h30 - Sala Guaratiba
Tema: A avaliação da educação superior
Clarilza Prado - PUC/SP
Iguatemy Maria de Lucena Martins - INEP/MEC
Robert Verhine - UFBA
Coordenador: Wagner Andriola - UFC

20 de Junho de 2008, Sexta-feira
08h às 12h - Em todas as salas
Apresentação de Trabalhos

14h às 16h - Sala Itaipu A
Tema: Projeto de educação e responsabilidade social
Denise Aguiar A. Valente - Fundação Bradesco
Viviane Senna - Instituto Ayrton Senna
Wanda Engel - Instituto Unibanco/RJ
Coordenadora: Eleuza R. Barboza - CAEd /UFJF

14h às 16h - Sala Itaipu B
Mesa-redonda: A experiência dos estados com a avaliação da alfabetização
Aléssio Costa Lima - SPAECE-Alfa/CE
Cláudio Marques - PAIC/CE
Maria Inêz Barroso Simões - SEE/MG
Maria Nilene Bedeca da Costa - SEE/MS
Coordenadora: Marluza de Moura Balarini SEE/ ES

16h30 às 17h30
Homenagem especial e coquetel de encerramento



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Vi, ouvi, gostei e compartilho com todos que acreditam que TODO BRASILEIRO TEM DIREITO A APRENDER.
Graça Santos
Gerente de Ensino, Gestão e Integração


Com a premissa de que TODO BRASILEIRO TEM DIREITO A APRENDER a professora Lina Kátia, Presidente da ABAVE, destacou a contribuição dos professores, pesquisadores e acadêmicos que têm contribuído para os avanços no campo da avaliação educacional. Tomada pela emoção após a audição do discurso de abertura da Presidente da ABAVE, decidi solicitar cópia do mesmo. Dirigi-me até ela, me apresentei, e no mesmo instante fui presenteada com algo que gostaria que todos os professores que não puderam participar tivessem a oportunidade de refletir sobre o mesmo.

O presente (Transcrição do discurso com grifos meus)

“É bem verdade que hoje já não encontramos ninguém a contestar este direito, e esta concordância pode ser entendida como um avanço democrático de nossa sociedade. Cuidemos, no entanto, de ir além desse acordo retórico e ambíguo, tentando perceber o que este direito implica em nosso cotidiano e dos brasileiros.
Alguém poderia dizer que esta idéia – a de que todo brasileiro tem o direito de aprender – já existia à época da escravidão, pois todos os escravos deveriam aprender duas coisas: como ser escravo e trabalhar. Outro poderia ainda dizer que este direto sempre foi respeitado, especialmente depois da escravidão, quando nas grandes propriedades rurais ou na indústria nascente todos podiam aprender algum ofício, e exercê-lo de sola a sol, nas mais duras condições. Aliás, no começo do século XX os grandes industriais brasileiros, através de vários documentos, insistiam que o trabalho era a melhor escola para uma população composta em grande parte de vários preguiçosos, e que somente o aprendizado de uma profissão poderia redimir esta população de sua improdutividade. Estas interpretações do direito de aprender nos parecem hoje estreitas e ridículas. Foram, no entanto, modos comuns, em nossa história, de entender o direito de aprender.

A sociedade brasileira evoluiu materialmente e reflexivamente. Somos, hoje capazes, de formular este direito vinculando-o à própria raiz da idéia de direitos, ou seja, a liberdade de cada um e de todos. As antigas interpretações, se é assim que podemos chamá-las, associavam o aprendizado a um trabalho subalterno, à ausência de liberdade. Atualmente entendemos o contrário: os direitos existem para a garantia e atualização da liberdade e da potência de cada um dos brasileiros. E, nesse caso, a afirmação de que todo brasileiro tem o direito a aprender ganha uma primeira determinação: aprender não aquilo que o torna subalterno, mas aquilo que permite a cada um a experimentação progressiva de sua liberdade e da liberdade de outros brasileiros.
Mais ainda: as antigas interpretações sempre vinculavam o aprender às possibilidades de um mercado de trabalho marcado pelo enorme dispêndio de energia física dos homens. Hoje, é usual a argumentação a favor do direito a aprender pelo recurso à existência de um mercado de trabalho que exige o domínio do letramento e de habilidades especiais como a condição de empregabilidade. Ora, o direito a aprender, e a aprender sobretudo aquilo que amplia a liberdade humana, não pode estar ancorado na estrutura do mercado de trabalho, e sim na concepção cada vez mais reflexiva e universal do que entendemos por homem e humanidade.
Sem dúvida, é impossível desconhecer a realidade factual, concreta, de um mundo do trabalho e mutação, com suas exigências próprias e legítimas. Mas este reconhecimento do mundo bruto do mercado não pode se sobrepor à necessidade de vincular o direito ao aprendizado.
Isso traz outra conseqüência: o direito ao aprendizado não pode ser visto apenas como algo que cada um encontra na sociedade em geral, em acasos felizes. Este direito, para ser coerente, deve ser exercido numa instituição que possibilite aos brasileiros um domínio reflexivo sobre a própria idéia de direitos e da liberdade, e esse deve ser o território de nossa escola, pública ou privada. De uma escola que, progressivamente, seja capaz de oferecer a todos os brasileiros os instrumentos e meios cada vez mais complexos para a compreensão exigente de uma sociedade fundada em direitos e na liberdade.
Claro que este aprendizado pode se dar em várias instituições sociais, mas a escola é a condição essencial para que os valores e os comportamentos de liberdade se enraízem profundamente em nossa sociedade. Por isso mesmo, ela cancela esta vivência democrática como fruto do acaso, tornando-a opção reiterada da sociedade, e faz do aprendizado ou do exercício profissional uma possibilidade de homens livres numa sociedade livre.

Isto significa reconhecer a natureza complexa do direito a aprender e os desafios da escola.A ABAVE foi criada com esta inspiração: a de respeitar esta complexidade da escola, do aprendizado numa sociedade democrática, e a de refletir sobre os meios de fazer de nossa escola uma escola eficaz .A ABAVE foi instituída com base na premissa de que a avaliação é um modo de refletir sobre esta escola eficaz e democraticamente comprometida, e que pode e deve ser incorporada de maneira extremamente positiva no cotidiano escolar.
Acreditamos na avaliação de larga escala como uma perspectiva que, longe de empobrecer o nosso olhar sobre o processo de ensino e aprendizagem, pode enriquecê-lo e tornar mais eficazes as nossas políticas e estratégias destinadas a dar corpo ao direito que todo brasileiro tem a aprender.
A perspectiva da avaliação da educação é recente em nossa história. Ela surge, entre nós, ao final do século passado, em meio a um movimento típico de sociedades democráticas ou em democratização, interessadas em aprofundar o conhecimento sobre seus desafios, suas possibilidades e em criar mecanismos que tornem os governantes – e os cidadãos de modo geral – responsáveis pela solução destes desafios e atualização dessas possibilidades. Sem o desenvolvimento dessa capacidade autoreflexiva e prática, é a própria democracia que passa a correr riscos, pela associação do ceticismo geral com a ação predatória de interesses puramente particulares. Neste sentido reitero a relação direta entre mecanismos como os de avaliação em larga escala e a vitalidade democrática de nossa sociedade. Como todas as outras práticas de accountability, de responsabilização e de autoconhecimento, avaliação educacional em larga escala é um modo de mostrar o Brasil ao Brasil. Revela a todos nós o que de fato somos, de modo que possamos enfrentar todas as dificuldades que ainda nos atormentam e construir as estratégias de atualização e ampliação de nossas qualidades e potencialidades.

Os resultados da avaliação educacional brasileira em larga escala atestam a baixa qualidade do ensino oferecido em nossas escolas. Mostram a existência de largos contingentes de crianças e adolescentes que, diante das dificuldades de aprendizagem e do pouco incentivo para os estudos, terminam por desistir da escola, seja pelo abandono da sala de aula, seja se entregando às reprovações e às turmas de excluídos, diante de uma escola indiferente. O primeiro efeito das avaliações da educação básica em larga escala é trazer à luz a situação desta população estudantil e promover a equidade como um valor fundamental da educação democrática. Por isso acostumamos dizer que avaliar a educação é testar a eficácia de um direito fundamental. O direito à educação não se resume à vaga na escola, ele só se realiza com o desenvolvimento daquelas competências que asseguram ao jovem o ingresso no mundo da cultura e da cidadania.
Mas as avaliações mostram ainda mais. Nunca é demais repetir que é preciso combater a indiferença, a crença, mais difundida do que se pensa, de que para muitos brasileiros basta algum rudimento de escolarização.
Por esta razão é preciso conceber políticas que incentivem os profissionais da educação que querem fazer a diferença, políticas que combatam os cenários tão freqüentes de paralisia e inércia. E isso não se faz só com recursos e orçamentos. Mas com idéias generosas e democráticas, bons programas de ensino e propostas curriculares inovadoras, e atenção redobrada com a formação do professor.
A avaliação é hoje, reconhecidamente, um instrumento eficaz de responsabilização dos nossos governantes e dos gestores de nossas redes de ensino. Ela não deixa para a posteridade o julgamento do que estamos fazendo hoje: ela nos devolve, com rapidez e clareza, se estamos de fato comprometidos com este direito que todo brasileiro tem de aprender. Daí o compromisso da ABAVE. Primeiro, pela sua natureza multidisciplinar: reúne pesquisadores de diversas áreas, alfabetização e letramento, educação matemática e científica, estatística e psicometria, que atuam na avaliação educacional. E também congrega gestores da educação pública que lidam, no seu cotidiano, com o compromisso de elevar a qualidade do ensino e melhorar os padrões de gestão de nossas escolas.

Ferramentas indispensáveis para desenvolver novas posturas e atitudes


SUGESTÕES QUE PODERÃO FACILITAR O PENSAMENTO ESTRATÉGICO
(livros que li...que uso cotidianamente)

No Olho do Furacão
Sobrevivência para organizações e indivíduos em tempos de caos
Brian Bacon
ken O'Donnel
Casa da Qualidade
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São os Japoneses realmente diferentes?
O que as máscaras culturais escondem
Ines B. Yajima Habara
Grifo
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Gestão Estratégica para Instituições de Ensino
Carlos Pessoa
RM Sistemas
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Mestres da Mudança
Um guia para gestores escolares
CECIP/Artmed
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Escolas que Aprendem
Um guia da QUINTA DISCIPLINA para educadores, pais e todos que se interessam por educação
Peter Senge
Bookman - Artmed
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Programa Nacional de Fortalecimento dos Conselhos Escolares
Ministério da Educação
Secretaria de Educação Básica

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Manual da Tecnologia de Gestão
(Com base na Gestão pela Qualidade)
GERDAU
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Vire a página
Estratégias para resolver conflitos
Karim Khouty /SENAC
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MBA EDUCAÇÃO
Escola que aprende
Gestão Estratégica pela Qualidade em Educação
Débora Dias Gomes/OR Editora
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